sexta-feira, 1 de abril de 2011

casos




O capital conseguiu alcançar seu objetivo-mor: infiltrar-se no mais íntimo das pessoas e das relações. E isso não é o escrito de uma pessoa frustrada economicamente, ou melhor, só frustrada economicamente... acho que a própria palavra frustração adquiriu novas roupagens nesse século do mal. Segundo o dicionário online de porutugês: estado do indivíduo que, por não ter satisfeito um desejo ou uma tendência fundamental, se sente recalcado.


Tudo bem, vamos lá! O que realmente é fundamental? O que não acabamos deixando de lado na louca lista de prioridade que refazemos diariamente? Vou tentar não entrar na discussão existencialista ou sentimental demais. Cada ser carrega em si o dom de ser capaz de elencar as suas próprias prioridades. Cada um fala por si.


As minhas são simples... quer dizer, acho que não. Eu queria liberdade. Liberdade para pensar alto sem ter medo de machucar ou transgredir alguma coisa, ou na verdade eu queria era magoar e transgredir mesmo! As melhores coisas são aquelas que fogem de padrões e algemas! E se eu magoar alguém que construiu comigo uma relação verdadeira, isso vai nos fortalecer. Tá, tá... concordo! Muito blaábláábláá! No real mesmo, naquela parte da vida em que os sonhos e as metas parecem longiquas o bastante, a frustração é tão presente, tão próxima.


E isso vale em quase todos os tipos de relação que aprendemos a construir. É isso que esse mundo louco nos impõe: você pode mais, você não está feliz. Só que isso muitas vezes vai nos destruindo... aos poucos, mais vai. E a luta contra isso é difícil, dolorosa. Muitas vezes até inútil. Quando nos pegamos pensando um pouco mais no presente do que no futuro... nos vemos frustrados.


Ou é o emprego que é uma porcaria... ou o companheiro não nos dá mais prazer... ou falta dinheiro, falta tesão. Opa. É a mesma coisa. Como diria Fernando de Abreu,


"existe sempre uma coisa ausente"

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