sexta-feira, 15 de abril de 2011

casos1





É preciso muito fôlego, pés, alma. É preciso tirar o peso, o sapato e a palidez. É preciso correr, sentar, andar.


Permiti, por um instante, que o meu pensamento voasse para onde bem entendesse: sem pressões, sem censuras. E eis que ele foi parar no ano de 2005. Foi o ano das descobertas e desventuras.

Eu sempre soube que minha área de atuação profissional seria na área de humanas. A escola na qual fiz o preparatório para o exame – excludente – vestibular, tinha todo um processo de prepação mesmo. Fomos obrigados a assistir e participar de palestras sobre as profissões, bem como de entrevistas no mesmo sentido. A equipe pedagógica nos fez um teste de aptidão e o meu deu claramente: algo comunicativo.

Tudo bem. Juntando que eu realmente gostava de falar, de me relacionar com o fato de adorar escrever, decidi pela carreira de jornalista. Logo ganhei incentivo e desincentivo de todos os lados. Meu avô me deu um livro: O que é ser jornalista, por Ricardo Noblat. Meus tios, por sua vez, me alertaram: Débora, não existe mercado de trabalho, muito menos no nordeste.

No final das contas, prestei pra Jornalismo na Federal e pra Letras na Estadual. Vamos combinar que a última coisa que eu fiz em 2005 foi estudar pra passar pra algum curso superior! Tinha tanta coisa mais interessante pra fazer! Mas depois isso pesou.

Passei pra Letras, mas só eram 15 vagas. Fiquei na 19ª. Duas pessoas desistiram, não foi o suficiente. Quando não recebi a notícia da vitória nesta etapa, fiquei bastante frustrada. Tive de refazer muitos planos. Não tive apoio em casa, meu avô se recusou a pagar um cursinho e tentou me fazer desistir de estudar. Isso deixou claro que teria que fazer tudo sozinha.

O tempo passou e a possibilidade de eu ir morar com a minha mãe, finalmente, tornou-se palpável. Por um lado eu nunca havia pensado na possibilidade de deixar meu avô, minha avó e os meus irmãos. Viver longe deles? Nossa. Por outro, ou eu ia... ou ia ter problemas em casa. O problema é que o ano de 2006 foi perdido. Perdido assim... não estudei muito, não tive grandes surpresas. Mas em 2007, viajei para João Pessoa.

Cidade nova, planos novos! Conheci tanta gente interessante, aprendi tantas coisas novas, experimentei uma liberdade que eu só conhecia de nome.

... to be continued.

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