terça-feira, 16 de março de 2010

Relatos de uma recém-casada



Parte I – Nota introdutória.

Casei.

Nossa. Essa palavra de impacto deveria vir ao final do texto, acompanhada de um desfecho de suspense mútuo entre leitor-escritor. Mas não... não é mais segredo de estado. Me casei.

Se vocês esperam ler aqui uma crônica ou um desabafo de profundo arrependimento ou desgosto, poupá-los-ei de perder o vosso tempo e o meu: Fechem a página. Aqui não caberão arrependimentos.

Se eu pudesse escrever um livro... dedicaria cada capítulo serviria para trazer as minhas memórias a tona, seria bom pois eu faria uma viagem bem detalhada, para recuperar coisas que talvez me fujam no momento.

Voltemos ao livro... eu dedicaria um capítulo sobre a nossa história.. algo como “Um breve histórico”.. como tem coisa pra contar! Mas talvez eu me detenha ao capítulo mais recente dessa louca história de dois. O casamento. No meu sumário? Página 01.

Para introduzi-los: Eu e o Homero não temos um modelo tradicional de histórias que culminam para a união matrimonial. Vou citar alguns fatores e desenvolverei outros. Não namoramos há anos, não tínhamos famílias que eram amigas e faziam gosto e macumba para que a união saísse logo, não tínhamos perspectivas econômicas e não tínhamos esse desejo encarnado em nós. Pelo contrário. Talvez os amigos dele tenham mais propriedade para adentrar nesse universo místico que é o conhecer o meu companheiro, mas me atreverei a mesclar algumas palavras de definições, lutando contra a limitação... (partindo do pressuposto que se eu fosse descrevê-lo, meu livro tornar-se-ia, sem duvidas, uma Bíblia II versão contemporânea!).

Primeiramente: O Homero é aquela pessoa avessa a tudo que sirva de hipocrisia e de regras que sirvam apenas e tão somente para legitimar caducas formas de pensar, viver e aprisionar o homem em moldes pré-existentes numa sociedade que suga dele tudo que possa ser crítico. Ficou confuso? Deixa eu tentar clarear: Casamento. Uma das formas instituídas pelo Estado para legitimar o próprio estado e garantir a manutenção do sistema: atrelando a propriedade privada ao conservadorismo da formação da família. Citando Beauvoir, escritora do século XX, importante no tocante às discussões de gênero, também.:

“Casamento é o destino tradicionalmente oferecido às mulheres pela sociedade. Também é verdade que a maioria delas é casada, ou já foi, ou planeja ser, ou sofre por não ser.". O Segundo Sexo| 1949

Nossa... se eu fosse me aprofundar nessa discussão, eu mudaria o foco do texto o que geraria, se já não gerou, o desinteresse pelo texto. Voltando ao que interessa. Assim é o meu escolhido. Alguém critico, marxista, contrário a tudo que sirva de alicerce para a repressão estatal em virtude da exploração do homem. Ou seja: casar não estava nos seus planos, nem o mais longínquo pensado. Sua família, católica tradicional, já havia perdido as esperanças de casar o moçoilo que é o orgulho do pai, da mãe e da irmã.

Eu, por minha vez, já havia adiado o projeto do casamento para uns 20 anos à frente. Encontrar alguém que valesse a pena, que despertasse o sentimento de “para sempre”, de compartilhamento mutuo, de companheirismo na essência, já estava fora de cogitação. Não, não sou uma quarentona que já teve muito desgaste amoroso e tá frustrada! Eu só tinha outras prioridades: estudar, me formar, lutar para a transformação social tão querida e pretendida por nós!

Outro fator importante: Estamos na flor da idade boêmia! Onde sexo, drogas e rock’in’roll são as três fontes onde os jovens querem beber! Calma família, isso é só uma metáfora extravagante. Eu, com meus 22 e ele com seus 23 anos muito bem distribuídos. Vai dizer que a sua avó nunca disse: “Essa juventude não quer nada com nada mesmo! No meu tempo...”! E partindo disto, fomos contrários a uma massa de subversões ao casamento! Jovens, vivendo a universidade em sua plenitude: estudo, militância e experiências... Conhecendo pessoas, lugares, situações...

Esses fatores e outros comprovam a teoria de que nós não éramos o típico casal que apostava nessa coisa toda que é o casamento. E o que aconteceu então? Posso falar por mim. Ele atingiu as expectativas do meu ideal de companheiro com quem eu gostaria de dividir a vida toda. Carinhoso, sincero, presente, prestativo, inteligente, desenrolado, engraçado.. bla bla bla! E eis que antes de tudo, ele se tornou meu amigo! Sem contar com a parte física, paixão é essencial para uma decisão dessas, creio eu. Então na junção das coisas, ele apareceu e preencheu em mim algo que há tempos andava vazio. Por que não me render? Ta, mentira. Não foi assim tão imediato. Eu até tentei fugir. Tentei não me render por quase 2 anos completos. Anos esses que ele, com seu jeitinho, tentava me convencer de que nós seriamos felizes plenamente juntos. Eu demorei a dar o braço a torcer.. mas acho que dei no momento certo.

Então, o amor e a necessidade de ficarmos juntos incondicionalmente foi o que me impulsionou pela opção religiosa. Morar junto daria na mesma coisa, podem pensar alguns. Mas, eu vim de família religiosa e sem querer ser hipócrita, eu tinha meus ideais de uma cerimônia, só que no meu ver, ela seria fora da catedral. Porém... enfim. Assim foi! Resolvemos nos casar à beira-mar. Não, o casamento não seria a beira-mar, nós estávamos à beira-mar quando decidimos nos casar. Capiche? E ele brinca que fui eu que o propus. Talvez até tenha sido mesmo. Isso importa? Então, passando a introdução... vamos a loucura dos preparativos do casamento de João Pessoa... é, porque foram dois. Um aqui, em JP, na Igreja Presbiteriana e outro lá.. em Alagoas, em Olho D´água da Cerca, na Igreja Catolica Apostólica Romana


Parte II – A primeira cerimônia


O casamento, aqui falarei especificamente da primeira cerimônia em JP, trouxe boas surpresas e muitas decepções. A preparação para o grande momento foi repleta de agonias, estresse e muita brincadeira. Uma casa de 60m² foi porta-estadia de mais de 30 pessoas. Colchões tornaram-se camas triplas e o legal de ver de fora era não saber de quem era o braço por cima daquela outra perna.

O momento que muito nos deixou tensos foi o mais divertido: a apresentação da família Accioly à família Dionisio da Silva. Imagina ai a situação? Era um encontro histórico: Gregos e Italianos numa mesma mesa de refeição! Italianos são chamativos por natureza, falam demais... e os gregos fazem tudo à sua moda! O que sairia disso? Acertou quem apostou em SURPRESAS. O que parecia que seria um enfrentamento de idéias e costumes, foi um momento de descobertas, compartilhamento e muita risada.

Os patriarcas muito se entenderam. Um, falava demais.. o outro, ouvia demais. Um momento de perfeita sintonia.

As matriarcas – que eram três – também criaram uma relação de aproximação. Também! Não era pra menos.. as três em estados de nervos à flor da pele. Garantiram a parte difícil da estrutura: a cozinha. Comida não era muita, nem muito variada... mas também não faltou.

A parte jovem se entendeu perfeitamente bem. Dudu, para minha surpresa, despiu-se da máscara séria e enturmou-se com a Edna de forma paradoxal. E seu Miguel de olho atento! Mal sabia ele que quem ia se enturmar mesmo era o Netinho quando chegasse!

O casamento não foi fácil de preparar. Meus sonhos e minhas idéias não eram das mais simples e sugestões de amenizar o trabalho não foram por mim muito aceitas! Então, nas vésperas da cerimônia estavam: Vovó e mamãe se matando para cobrir as cestinhas... uma de cada cor que trariam pétalas da mesma cor para que as daminhas fizessem o tapete colorido para que eu passasse...não entendeu? Tem foto!

Juntar numa casa: flamenguistas, palmeirenses, corintianos, são paulinos e botafoguenses garantiu a risadaria masculina.

E o que você acha de ter uma VAN parada na esquina da Igreja, para descer uma tripulação arretada de pernambucanos que vieram só para ver você, assistir ao casamento e ir embora na mesma noite? Sem contar com a presença GRACIOSA da minha tia Gracinha de Brasilia (inclusive a responsável pelo meu presente doce - a lua-de-mel!). Tem o que pague? As gargalhadas e fofocas ao pé da escada dias antes??

Essa foi a surpresa boa. A família. Parte fundamental dessa zoeira toda. Meu tio Jr, que chegou de Fortaleza e não se rendeu ao sono ou ao cansaço e nos disse “contem comigo”, passando a andar pra cima e pra baixo de carro foi essencial.

Minha tia Lilia, com sua calmaria e seu doce modo de falar.. meus primos: Gui, Netinho e Mateus... boas conversas e gargalhadas! Matando um pouquinho da saudade...

Minha tia Liza, louca e engraçada, garantindo a bagunça do lugar! E sua amiga Rose, que se tornou nossa fotografa oficial!

Meu tio Wagner com seu jeito único de ser... se deliciando com as frutas nossas de cada dia, achando tudo tão bom que “tudo é a mesma coisa” desde a jabuticaba à serigüela!

Vovô achando tudo um espetáculo! Rindo, brincando, deixando todo mundo a vontade... vovó enlouquecendo para que todos se sentissem bem, garantindo a parte estrutural da coisa!

Mamãe nem se fala também! Fazendo a ponte JP – Olho D’água.

Sem falar nos amigos que fizeram presença... Flavinho, com seus filmes e falta de sono! Samantha, minha amiga gorda feliz! Henrique com suas teorias e graças...

E a outra delegação? A Alagoana! Nossa.. ver a Nayse arrumadinha como porta-aliança, com a mamãe coruja Arlete.. A sogrinha dando maior força e tendo um trabalhão para deixar meu vestido de noiva do jeito que eu queria, fazendo goma ao invés de ir se arrumar! Meu sogro ouvindo com o maior respeito as histórias engraçadas do meu avô.. E a Edna então? Espero ser para minhas cunhadas como ela foi para mim!

O bônus dessa louca história de casamento Greco-italiano foi, sem sombra de duvidas, a disponibilidade e disposição das famílias em deixar tudo como queríamos.

A recepção foi maravilhosa. Entrar na igreja e encontrar o sorriso dos amigos foi lindo. Inclusive encontrar aqueles que você não imaginava que apareceriam! Abrir os presentes foi emocionante e engraçado. É o começo de uma vida toda, NE? E essa parte deixou isso claro. Tudo novo, começando de novo.

Mas, como nem toda história é só alegria... eu tive um desgosto grande nessa história toda. Mas, em suma, foi boa para o meu aprendizado.

Um conselho vos dou: se não comparecerem a um momento importante da vida de um amigo seu, não dê desculpas. Digam o verdadeiro motivo.. seja ele “tive outras prioridades”, “tive preguiça” ou etc. Não digam que no dia tinha um bulldog parado em frente à sua casa o que o impossibilitou de sair (ops! A não ser que seja verdade. Rsrs), ou que não deu tempo de guardar dinheiro ou coisas similares. Nós, os amigos, não somos estúpidos o bastante para acreditar em qualquer coisa... mesmo se tenhamos dito “Ah, que isso! Eu entendo... não tem problema!” É mentira. Engraçado, apesar de nós estarmos chateados ainda tentamos encontrar meios para que vocês se sintam melhores... onde já se viu! É claro que ficamos chateados! Esse é um momento muito mais “pros outros” do que pra nós mesmos! Queremos ver a Igreja cheia, a festa boa! Queremos abraços dos mais chegados dizendo “Ei, to feliz por você” e pra surpresa geral da nação: esse é um poder que a internet e os meios modernos de comunicação ainda não desenvolveram.

Salvo exceções, claro! Houve pessoas que não puderam mesmo ir. Cada qual com sua consciência. E digo com a maior alegria do mundo: quem não foi, perdeu!

Aqui eu abro um parágrafo para falar de uma pessoa que fez muita falta nesse “meu momento” e que eu entendi e “perdoei” sua ausência. Digo perdoar entre aspas porque não há espaço para perdão porque não foi uma falha. É ela, minha irmã... a Nayara. Nunca imaginei esse momento sem ela. Sabe aquele filme americano onde você tem uma amiga desde pequena e ela ta sempre com você? É ela. Ela não tava aqui pra me ajudar no vestido, no véu, no buquê. Não organizou comigo uma lista enorme de presentes e pessoas que não deveríamos chamar. Não me chamou para sair uns dias antes para lembrarmos toda a minha louca historia amorosa, que ela sempre acompanhou tanto. Ela não me olhou antes de entrar e disse que tudo ia dar certo. Não fez os ajustes necessários na minha maquiagem.Ela não segurou meu buque enquanto eu enxugava as lágrimas. Mas no fundo, no fundo... ela se fez presente! Parecia que eu podia vê-la sorrindo, com os olhos vermelhos de choro, enxugando-os, olhando pra mim e dizendo: Vou borrar minha maquiagem! Para. É irmãzinha... a vida nos pregou uma peça.. mas não é tarde. Ainda tem o seu casamento! Kkkkkkkkkkkkk E não pense que isso diminuiu o meu amor ou consideração por você. Pelo contrário. Se você fez tanta falta foi só pra confirmar o quanto você é insubstituível.

Então é isso, por hora. O próximo capítulo será do casório numero II! J

13 comentários:

  1. Credo.. estou chorando... Imagine a Nayara, a pobre!!!
    Te amo minha filha.. continue feliz e eu serei também.
    Mamãe

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  2. "poupá-los-ei de perder o vosso tempo"

    *Coisa chic, meu Deus!

    -

    "partindo do pressuposto que se eu fosse descrevê-lo, meu livro tornar-se-ia, sem duvidas, uma Bíblia II versão contemporânea!"

    *Que lindo :')

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  3. "Uma das formas instituídas pelo Estado para legitimar o próprio estado e garantir a manutenção do sistema: atrelando a propriedade privada ao conservadorismo da formação da família. Citando Beauvoir, escritora do século XX, importante no tocante às discussões de gênero, "

    *Só pra humilhar! kkkkkkkkkkkkkk

    -

    "Encontrar alguém que valesse a pena, que despertasse o sentimento de “para sempre"

    *QUE LIIIIIIIIIIINDO *-* Vou dizer isso pro meu marido u_u

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  4. "Calma família, isso é só uma metáfora extravagante"

    *Calma vô não infarta! kkkkkkk

    -

    "Por que não me render? Ta, mentira."

    *A nossa cara falar assim! KKKKKKKKKK

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  5. "a apresentação da família Accioly à família Dionisio da Silva."

    #tenso

    -

    "Vovô achando tudo um espetáculo! Rindo, brincando, deixando todo mundo a vontade... vovó enlouquecendo para que todos se sentissem bem, garantindo a parte estrutural da coisa!"

    *Imaginei muito isso *-*

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  6. A minha imensa tristeza de não ter podido estar de corpo presente nesse dia, não é NADA comparado a vê a sua felicidade, que é algo que eu sempre me preocupei desde que percebi o quão importante você era na minha vida, mas do que isso essencial. Coisas que você tá careca de saber, mas não custa nada ressaltar. Eu amo você demais! E espero que um dia eu possa compensar isso );

    -

    Viu aí eu tentando falar difícil? HAHAHA :D

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  7. Agora eu percebi o pq da minha admiração imensa pors vcs, pq olhar pra vcs é ainda acreditar em uma união igualitaria, que possa ser compartilhada e assima tudo fundada nos alicerces do companherismo.A decisão casar foi expressada perfeitamente na seguinte frase.

    "Ele atingiu as expectativas do meu ideal de companheiro com quem eu gostaria de dividir a vida toda."
    E é muito isso encontrar alguém que corresponda aos nossos ideias de companheirismo.

    Ptus..que lindo.."pra vcs sempre o maior amor do mundo"

    Leila Bentes

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  8. Lindos relatos minha querida!Vc e esse cabra muitas vezes conseguem quebrar muitos paradigmas que existem em mim!
    Que seja pra sempre tudo isso!!seguimos o "para sempre" sem saber que ele existe.Por isso que é tão bom e mágico!Fazemos de cada dia a luta do "que seja para sempre".

    Bjos - Jack

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  9. Nossa que coincidência!

    Estou lendo um livro que tem muito haver com esse assunto, casamento!

    É de um francês chamado Émile Zola (que também escreveu o Germinal) e o livro chama-se Como se Casa, Como se morre, no caso uma analíse a essa tradição ocidental.

    Parabéns pelo blog e boa sorte nessa sua nova jornada!

    Beijos!

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  10. Ai ai ai.. precisa comentar algo ai minha gente? Ham? Um? Uii ... Adorei amiga!

    Parabéns.

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  11. Nossa..realmente..que bom deby vc ter casado..e ter achado o homem da sua vida..espero q seja eterno..agora tbm. o que marcou foi a festa..que festa eim..a melhor de todos os tempos...kkkk..2 familias loucas q se encaixaram perfeitamente...a primeira festa em JP.nossa...aquela casa lotada n tinha coisa melhor..mto engraçado aquela confusãoo toda...sem ter canto pra andar..mais que ninguém pode negar que foi bom foi...e o segundo também apesar de passar 2 dias la..a viagem cansativa..mais qndo chegamos la compensou..lugar mto lindo..pessoas maravilhosas.e aquela confusão tbm né..vai ficar marcado realmente em minha vida..e garanto que na de todos..EU TIREI A MASCARA? AUHAHUAHAUA...eu nunca tive...mais mesmo assim..me dei bem..e se n me dei bem como todos..eu tentei...mais agora é torcer por vocês q de tudo certoo...beijoss e abraço ´débora

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  12. Pelo que conhecia do Homero e do que ele falava, realmente o casamento foi uma surpresa para todos os próximos a ele por aqui. Prefiro nem comentar os motivos. Porém, a relação com vc era algo incrível, mesmo quando ele estava "oficialmente" noutra, e isso justifica tudo o que ele fez.

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  13. Gente eu sou retardado, vim perceber agora que
    esse blog é de vocês dois hahaha...

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