segunda-feira, 18 de abril de 2011

Someone



Meu amor,


Se concedido a mim fosse,

neste dia de hoje,

a enorme responsabilidade

de desejar-te algo,

amado meu,

arriscaria tudo para pedir

aos deuses de Homero,

que diante da graça celestial,

eles cuidassem e protegessem seu mentor.


pediria a Zeus que, no auge de sua carranquice,

esbravejasse para longe de ti toda a inveja,

que Afrodite continuasse cuidando

do presente que te deu desde o nascimento,

que as flechas de Apolo penetrassem teu peito

te enchendo de coragem e bravura,

que Artemis fosse tua guardiã

e que Dionisio te concedesse

toda a alegria e prazer terrenos,

para que tua felicidade fosse contemplada

e festejada desde a terra

até os confins do céu.


Pediria ainda, que Oxum e Oxalá

te banhassem nas águas preciosas

de Iemanjá,

para que a tua vida fosse protegida

por todas as entidades sãs.


Rogaria aos deuses cristãos,


ou até aos pagãos!


Ajoelharia perante Allah


para que atendida fosse eu!


E assim, daria tudo que tenho para que teu sorriso

fosse a coisa mais constante da tua vida.


Te amo.

domingo, 17 de abril de 2011

"aspas"



Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia


Caio Fernando Abreu

(parênteses)


É, racionalmente, sabemos bem que não devemos depositar no outrem a nossa própria felicidade. Mas vamos combinar que solidão é um porre?

Apesar que pode-se estar sozinho em plena multidão.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

casos1





É preciso muito fôlego, pés, alma. É preciso tirar o peso, o sapato e a palidez. É preciso correr, sentar, andar.


Permiti, por um instante, que o meu pensamento voasse para onde bem entendesse: sem pressões, sem censuras. E eis que ele foi parar no ano de 2005. Foi o ano das descobertas e desventuras.

Eu sempre soube que minha área de atuação profissional seria na área de humanas. A escola na qual fiz o preparatório para o exame – excludente – vestibular, tinha todo um processo de prepação mesmo. Fomos obrigados a assistir e participar de palestras sobre as profissões, bem como de entrevistas no mesmo sentido. A equipe pedagógica nos fez um teste de aptidão e o meu deu claramente: algo comunicativo.

Tudo bem. Juntando que eu realmente gostava de falar, de me relacionar com o fato de adorar escrever, decidi pela carreira de jornalista. Logo ganhei incentivo e desincentivo de todos os lados. Meu avô me deu um livro: O que é ser jornalista, por Ricardo Noblat. Meus tios, por sua vez, me alertaram: Débora, não existe mercado de trabalho, muito menos no nordeste.

No final das contas, prestei pra Jornalismo na Federal e pra Letras na Estadual. Vamos combinar que a última coisa que eu fiz em 2005 foi estudar pra passar pra algum curso superior! Tinha tanta coisa mais interessante pra fazer! Mas depois isso pesou.

Passei pra Letras, mas só eram 15 vagas. Fiquei na 19ª. Duas pessoas desistiram, não foi o suficiente. Quando não recebi a notícia da vitória nesta etapa, fiquei bastante frustrada. Tive de refazer muitos planos. Não tive apoio em casa, meu avô se recusou a pagar um cursinho e tentou me fazer desistir de estudar. Isso deixou claro que teria que fazer tudo sozinha.

O tempo passou e a possibilidade de eu ir morar com a minha mãe, finalmente, tornou-se palpável. Por um lado eu nunca havia pensado na possibilidade de deixar meu avô, minha avó e os meus irmãos. Viver longe deles? Nossa. Por outro, ou eu ia... ou ia ter problemas em casa. O problema é que o ano de 2006 foi perdido. Perdido assim... não estudei muito, não tive grandes surpresas. Mas em 2007, viajei para João Pessoa.

Cidade nova, planos novos! Conheci tanta gente interessante, aprendi tantas coisas novas, experimentei uma liberdade que eu só conhecia de nome.

... to be continued.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

crases



Sempre há alguma coisa que falta. Guarde isso sem dor, embora, em segredo, doa. {Caio F. Abreu}


E o que nos resta?

quarta-feira, 13 de abril de 2011




Ela o amava. Ele a amava também. E ainda, que essa coisa, o amor, fosse complicada demais para compreender e detalhar nas maneiras tortuosas como acontece, naquele momento em que acontecia dentro do sonho, era simples. Boa, fácil, assim era. Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo.


domingo, 10 de abril de 2011

A mulher pintada pela Rede Globo

Em breve =) A mulher pintada pela Rede Globo em suas telenovelas

sexta-feira, 1 de abril de 2011

casos




O capital conseguiu alcançar seu objetivo-mor: infiltrar-se no mais íntimo das pessoas e das relações. E isso não é o escrito de uma pessoa frustrada economicamente, ou melhor, só frustrada economicamente... acho que a própria palavra frustração adquiriu novas roupagens nesse século do mal. Segundo o dicionário online de porutugês: estado do indivíduo que, por não ter satisfeito um desejo ou uma tendência fundamental, se sente recalcado.


Tudo bem, vamos lá! O que realmente é fundamental? O que não acabamos deixando de lado na louca lista de prioridade que refazemos diariamente? Vou tentar não entrar na discussão existencialista ou sentimental demais. Cada ser carrega em si o dom de ser capaz de elencar as suas próprias prioridades. Cada um fala por si.


As minhas são simples... quer dizer, acho que não. Eu queria liberdade. Liberdade para pensar alto sem ter medo de machucar ou transgredir alguma coisa, ou na verdade eu queria era magoar e transgredir mesmo! As melhores coisas são aquelas que fogem de padrões e algemas! E se eu magoar alguém que construiu comigo uma relação verdadeira, isso vai nos fortalecer. Tá, tá... concordo! Muito blaábláábláá! No real mesmo, naquela parte da vida em que os sonhos e as metas parecem longiquas o bastante, a frustração é tão presente, tão próxima.


E isso vale em quase todos os tipos de relação que aprendemos a construir. É isso que esse mundo louco nos impõe: você pode mais, você não está feliz. Só que isso muitas vezes vai nos destruindo... aos poucos, mais vai. E a luta contra isso é difícil, dolorosa. Muitas vezes até inútil. Quando nos pegamos pensando um pouco mais no presente do que no futuro... nos vemos frustrados.


Ou é o emprego que é uma porcaria... ou o companheiro não nos dá mais prazer... ou falta dinheiro, falta tesão. Opa. É a mesma coisa. Como diria Fernando de Abreu,


"existe sempre uma coisa ausente"