sexta-feira, 27 de maio de 2011

O caso dos relacionamentos

      
 Eu nunca tive um sexyappeal por um tipo específico de cara. Um dia a barba é atraente, no outro um rostinho lisinho é tudo de melhor. Cigarro fede, cigarro é atraente... e assim vai.
      Não fiz listas de padrões a serem perseguidos. Meus relacionamentos também não tinham data de validade ou coisa do tipo. Enquanto tava me fazendo bem - e isso nem é tão difícil - era o bastante pra me manter bem ligada.
        Eu nem suspirava por flores, chocolates ou faixas exorbitantes. E eu achava que o mais ou menos tava de bom tamanho. Nem me dava, nem pedia. E assim levei boa parte da minha vida relacionante.
        Ai eu parei pra pensar. Gente, o que nós queremos? Esse texto é dedicado a TODAS as minhas amigas que, amorosamente, se encontram em apuros e que teimam em seguir meus conselhos.
       Relacionamentos não são difíceis de prever, sabe? Os homens atuam meio que como um padrão. É como se eles tivessem mesmo vindo de alguma fábrica de coisas-mal-representadas ou coisa do tipo. Mulheres também não são diferentes disso. Não acredita? Tá bom! Vamos ver.
       Situaçao 1 - Você conheceu um cara super bacana, que ficou com você a noite inteirinha, pediu telefone e... não ligou.
       Calma! Passaram-se DOIS dias e ele não ligou. Para a mulher, isso é sinal claro de que o cara não gostou, é galinha ou tem namorada. E isso vai virar uma tese de doutorado com as amigas mais íntimas. Você, tentando arrancar delas um "consolo" e uma boa justificativa e elas... tentando te dar exatamente isso!
       Situação 2 - Você conhece uma gatinha. Menina bonita, atraente fisicamente e totalmente acessível - ao contrário das gostosas de boate que se arrumam pra dar fora nos outros. Você se aproxima e ela fica com você a noite toda. Mas não rola um beijo. Ela espera que você pegue o telefone dela... e você nunca mais quer ver aquela "enrolona" que te fez perder 10 meninas. (Tá, vamos combinar que a chance disso ser verdade é mínima?)
      O que essas duas situações tem em comum? A necessidade impetulante do imediatismo. Queremos amar as pessoas num primeiro contato, queremos conquistar qualidades e não sincerdidades. Não estamos dispostos a esperar porque todas as nossas amigas já tem namorado e você precisa de alguém que te forneça companhia.
      Deixa eu te contar um segredo?
      O amor não vem preencher lacunas na sua vida. Não vem fazer você se dar melhor na Universidade ou ir trabalhar mais satisfeita. O amor não vai te causar borboletas no estomago e a sua pupila não vai dilatar.
Isso tudo no máximo é causado pela paixão. Aquele sentimento vermelho-fogo, que chega e arruina seus planos de seriedade e de "fechado para balanço", que enebria você com um cheiro específico, que te traz surpresas.
       Só que a paixão enebria, mas também entontece. E quando você fica tonto, sai de si. E quando volta, perde a graça. Só que ao mesmo tempo que você quer um relacionamento duradouro e cheio de tesão, você simplesmente não quer conquistar, reconquistar e ser conquistado. Você não tem mais paciência para perdoar o esquecimento do aniversário de 2 dias de namoro ou dele preferir sair com os amigos uma vez na vida.
Você não entende porque ele não quer passar 3hrs no telefone. E isso faz com que você vá matando algo que está querendo nascer dentro de você.
       E ai você mata.
       E depois procura.
      Só que a cada procura, parte da sua sede de algo revelador, algo inovador, vai sendo extinta. E ai que você troca solidão por solidão a dois. Você passa a aceitar tudo que vier. E quando quebra a cara, não tem folego para juntar os cacos, porque alguém já pisou.
      Aceita mais um segredo? Não tenha medo do seu coração bater forte por alguém! Por falta de batida ele pode acabar parado.

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