terça-feira, 29 de novembro de 2011

Flores e Frutos

Não me pergunte o porquê do título. Eu ando obediente com as palavras e os pensamentos: quando e onde querem, saltam sem pedir licença alguma. :) 

As coisas mudaram muito da última postagem pra cá. Eu tô muito mais tranquila, curtindo muito a chegada da minha pequena Maria Amélia e me matando para terminar esse período interminável do curso. Ainda bem que não preciso de notas - é só no que eu penso! 

O baque da notícia me animou muito depois. Me dei o direito de questionar várias coisas: Serei boa mãe? Vou dar conta da rotina de HOJE duas vezes mais intensa? Meu relacionamento com o Homero vai aguentar? E o meu comigo mesma? Onde vai parar? 

Quem foi que disse que as mães são sempre seguras? Que nasceram para isso? Que em algum momento do dia não se questionem se aquilo tudo vai valer a pena? O que eu aprendi nesses útlimos dias de pensamentos profundos é que eu posso ser humana. 

Não há amor maior do que o que eu sinto ao olhar o Leon, ao vê-lo dormir, acordar com muita preguiça, mamar, chorar, falar "papa", reconhecer o pisca-pisca de natal dizendo "tatau". Não há prazer que eu me lembre de ter sentido que faça qualquer descoberta dele ser pequena. 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Turbilhão

Acabo de me sentar. Depois de várias lágrimas derramadas, de pensamentos soltos, de traduções que não vieram para descrever o que eu estou sentindo. Não é um sentimento claro, soa obscuro. Também não é só um sentimento... são milhares de sensações dentro de um coração que está tão apertado que só tem vontade de chorar, de gritar.

Definitivamente eu não esperava. Não senti, nem notei nenhum sinal além do inchaço abdominal nas duas últimas semanas. Pensei em gases, pensei em qualquer coisa no estômago. No último sábado fui consultada em uma emergência e a médica não quis me medicar antes de descartar a possibilidade concretamente.

Hoje, as 6horas eu já estava a caminho da clínica de ultrasson. Como não tinha marcado, só fui atendida as 9h porque disse que o meu exame era de caráter de urgência: uma ultrassonografia transvaginal. Meu nome é chamado, meu coração quase saiu pela boca e eu sentindo pequenos movimentos na minha barriga, pensando "meu Deus, é ela...". 

Entrei na sala e me deitei. A assistente disse: levante só o vestido. Olhou minha barriga: Você tá grávida? Eu, ingenuamente, respondi: Espero que não. Ela: posso? E por curiosidade passou o aparelho na minha barriga, ficou confusa com o que viu e limpou. Eu disse: O que foi? É um bebê? Ela, sem graça disse: É melhor esperar a médica, mas eu creio que seja... 

A doutora entra na sala e vê a imagem congelada na tela do computador, tendo conversado lá fora com a assistente. Rapidamente colocou o aparelho em minha barriga e sorrindo disse: Com certeza! Olha a cabeça fetal. Imediatamente eu comecei a chorar... 

Assustada, a médica disse: Mãe, não chora, seu bebê não deve se sentir rejeitado... Eu, tentando aliviar tudo que eu sentia, respondi: é que é muito complicado, meu filho tem 8 meses de nascido. E depois de uns 25 minutos examinando detalhadamente minha filhota, perguntei: Agora o que interessa: ela tá saudável? Está.

É isso... O Leon tem 8 meses... e a minha filha tem seus quase 6 meses de vida intrauterina. A unica certeza que tenho? Que vou trabalhar dobrado para dar o meu melhor para eles.