terça-feira, 28 de dezembro de 2010

casos



Quando idealizamos algo ou alguém, corremos um risco quase inevitável: o da decepção. E a culpa de tal desgosto não é do outro, é nossa! Afinal, no máximo do máximo o que o outro fez foi se munir de artifícios de conquista, o que é completamente compreensível!


Afinal, quando vamos a uma entrevista de emprego ou qualquer coisa similar, vestimos nossa melhor roupa, e tiramos aquelas coisas que possam “manchar” nossa tão ensaiada primeira impressão.


A paixão é mais ou menos assim! Escondemos nossos vícios, maquiamos nossos defeitos e nos pintamos como bem entendemos para que o objeto de nosso desejo não veja ou perceba nenhum fiozinho de coisas desagradáveis! E se o que queremos é um relacionamento instantâneo, essas atitudes têm tudo para nos propiciar momentos profundos e maravilhosos!


O sexo vai ser inovador, os olhares de desejo serão sempre instigantes e você vai se sentir a própria sexy simbol da playboy – e sem photoshop! Recadinhos deixados sobre o travesseiro, músicas cantadas ao pé do ouvido num momento de insônia, ligações surpresas no meio da noite... isso sem falar naquela carinha de bobo apaixonado que parece dizer que morreria só por um sorriso seu!


Perfeito, não?


Não! Porque isso tudo tem duração perecível. Quando você menos imagina, o “gosto de você” toda hora já enjoa! Ser acordado para um amor matinal? É imperdoável e a intimidade – as vezes tão confundida com o enjôo – te concedeu o direito de ser intransigente, estúpido e insensível com aquela pessoa que menos merece o seu destrato.


Afinal, agüentar mal humor, mau hálito e patada sem motivo já são razões suficientes para você colocar o seu amor num pedestal, não? Não! A gente acha que o outro deve dar mais! Deve ceder mais, deve tentar mais.... mesmo que a gente não se preocupe em dar, ceder ou tentar mais nada. Estimular o outro? Nem pra uma rapidinha!


E é aqui que surge um momento de decisão: ou a gente dá um pé na bunda do folgado e arruma outro super disposto e por quem você volta a sentir vontade de trocar de perfume só pra ele notar... ou você decide dar um passo muito maior para um caminho que não vai ser fácil!


Um caminho tortuoso, no qual certamente você se arrependerá de ter entrado nesse barco que parece furado por diversas vezes! Um caminho que vai te tirar do sério, te fazer encher a cara e te dar vontade de trair só “praquele pilantra” te dar valor!


Mas é um caminho que vai te apresentar um amigo que é cúmplice, um que nunca mais você vai encontrar... nem se quer parecido! Um caminho que vai te fazer chorar de tanta felicidade, vai te ninar nas noites mais insuportáveis possíveis, vai te fazer sorrir com as maiores bobagens do mundo... vai render os melhores momentos da sua vida!

sábado, 25 de dezembro de 2010

Páginas viradas




É isso ai! O ano tá acabando! Muita coisa rolou, muita deixou de rolar... e a sensação? É de que vai tudo continuar do mesmo jeito depois do dia 31. 2010 foi um ano muito movimentado na minha vida! Me casei. Com minha paixão não resolvida - Sr Homero Dionisio da Silva - o menininho que sempre me fez perder a cabeça. Tivemos o privilegio de começar nossa vida conjugal com um cantinho nosso e logo depois que casamos, descobrimos que nosso pequeno herdeiro ja está a caminho - Leon! Nossa relação é hoje o que eu tenho de mais importante! Porque ela não me pede para renunciar de nada, pelo contrário... ela se soma a outros fatores da minha vida. Temos amadurecido tanto nessa área pessoal! Tenho tentado por em prática tudo que acredito enquanto militante! Procro valorizar as nossas individualidades pro coletivo poder se desenvolver plenamente e confesso que tenho apanhado bastante pra distinguir o amor da posse. [leitura sugerida: A Nova Mulher e a Moral Sexual - Kolontai] Mas sou feliz no meu casamento. Academicamente, as produções aumentaram (na verdade, começaram!)! Suguei tudo que pude de um projeto de iniciação científica no qual fui bolsista e coincidentemente, através do qual encontrei meu orientador de TCC. É isso mesmo, já tenho orientador e a partir de janeiro vamos fechar um calendário de atividades! Isso porque sempre quis não deixar pra produzir minha monografia no ultimo periodo, pra não correr o risco de ficar louca. Por outro lado, a gravidez me impediu de frequentar algumas disciplinas o que acarretou numa diminuição do meu CRE. Triste! Mas nada que não seja recuperável. =) É só ter uma reorganização de tempo, espaço e lugar. Aprender a conciliar as coisas é uma virtude RARA. =) Tenho refeito prioridades, tenho traçado caminho mais audaciosos e tenho retirado da minha convivência coisas que só tiram de mim, que nada me acrescentam... e infelizmente nessa limpeza, decepções tem sido constantes. Reabri meu coração para novas amizades, tentando frear meu instinto de "aproximar e afastar" pessoas com a mesma facilidade com que troco de roupa. (é duro!). Minha familia tá aqui perto... e meu irmão mais velho ficou longe, mas ele tá tão bem encaminhado que me deixa orgulhosa! No mais é isso.
Cambaleando, caleijada, com uma rosa e uma espada assim quero viver sambar aprender.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Descarrego!




Acho engraçado como o sistema conseguiu deplorar o homem à condição mesquinha e egoísta proposta. Como é do saber de todos, estou grávida. E isto significa: entrar pela porta da frente e ter direito a prioridade nas filas. GRANDE coisa! As pessoas acham que isso é um favor e não entendem coisas básicas: a mulher entra pela frente e tem direito aos primeiros acentos do ônibus porque se o ônibus lotar, ninguem vai espremer a barriga ou ainda porque as cadeiras de traz são baixas e dói na prisão do estômago ou ainda porque o equilibrio falta. E muito! Ou seja.. quanto menos você tiver que andar enquanto o motorista tenta ganhar a fórmula hindi, melhor! =) As filas! Gente... imagine que a cada 10minutos que vc ficar em pé, uma coisa nova vai aparecer no seu corpo: inchaço dos pés, dor nas pernas, falta de ar... =) Não é caridade! Garanto que se nós, grávidas, pudessemos nem usurfruiriamos desses "maravilhosos" presentes sociais. Mas tá ai! A condição pre-determinada da mulher à margem da sociedade. Amém. Ai ficam... aquelas meninas de oculos escuro, fone de ouvido, fingindo que não estão vendo um idoso entrar ou uma mulher com criança no colo. ESTRUPICIO! Eu acho que alguem assim só pode achar duas coisas: 1) vai ser muito rico e nunca mais vai precisar andar de ônibus! 2) não vai envelhecer ou precisar da gentiliza de alguém. Acho que durante a minha gravidez esse é o ponto que tá me matando: dependência. E dependência da pior espécie: da boa vontade dos outros. Mas tem algo que elimina isso em segundos: meu amor dando chutes na minha barriga, como quem diz: continua mamãe, falta pouco. E falta... Sinceramente? O amor é tão maior que as palavras gente! Eu te amo não é NADA se não vier acompanhado de atitudes. Pelo menos pra mim. Alguém que me vê passando por alguma necessidade e não se oferece para ficar em meu lugar é tão egoísta como aquela fulana que não levanta da cadeira da frente.